quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Índio vira traficante e sofre com as leis do homem branco


A guerra por causa de uma planta deve algo difícil de compreensão para o índio que teve sua terra tomada pelo homem branco. É fato que não havia consumo de maconha no Brasil antes da chegada de Cabral. Mas se houvesse, certamente ele não seria encarado como um problema pelos caciques que comandavam as tribos. Em território tupiniquim a cannabis sativa passou a ser tratada como um problema quando caciques brancos do século 20 inventaram que a erva destruía os valores morais, além de "poluir cultura nacional".

Mas no mundo moderno, onde as culturas se misturam e acabam perdendo os valores individuais, o índio que retirava da natureza tudo que precisava para sua sobrevivência passou a viver como o homem branco. Na última quarta-feira um indígena de 22 anos foi preso com 550 gramas de maconha em Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. Otávio Martins Oviedo disse que estava levando a erva para a Aldeia Amambaí Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e permanece preso.

Independente da finalidade da maconha que transportava, a história de Otávio revela situação de abandono do índio brasileiro. Passados mais de 500 anos da ocupação portuguesa do seu território, o índio agora consome bebidas alcoólicas, utiliza armas de fogos e se envolve em atividades criminosas.

Seduzidos pelo dinheiro que agora é necessário para sua sobrevivência, muitos indígenas acabam seduzidos por quadrilhas que buscam na figura do índio uma estratégia para burlar a fiscalização policial. Nas tribos localizadas em regiões de fronteira o no caminho das rotas utilizadas no transporte de drogas, o tráfico surge como uma tentadora alternativa de trabalho.



Li o texto aqui:http://hempadao.com