terça-feira, 29 de novembro de 2011

domingo, 2 de outubro de 2011

Depois de um grande tempo de ausência...

Estive "ausente" durante algum tempo. O motivo? Falarei dos motivos mais adiante. Refleti muito em escrever tudo o que me aconteceu e ainda acontece, mas creio que se todos que passam pelo que eu passo compartilhassem tais momentos, a luta em viver ficaria menos dolorosa. Há quase dois anos (ou mais, nem me lembro direito) luto contra uma doença que rasga a alma: Depressão Grave.
A seguir, descreverei meu primeiro depoimento.


Quando eu era criança, lembro-me que a dor psicológica que eu sentia era tão grande que nos momentos de fúria, eu arranhava e dava tapas fortes no meu próprio rosto. Puxava meus cabelos, dava murros na parede...tudo em silêncio. O sofrimento psicológico era tão grande que, essas eram as única formas de eu extravassar a minha dor, talvez fosse um escape da dor interior; essa dor era tão grande que meu espiríto não aguentava, expodia e o jeito de explodir era me auto punindo, me machucando. Não me lembro bem da época ou quando acontecia isso, mas sei que fazia tudo isso sem meu pai perceber. Sofria sozinha pois achava que ninguém ia me entender e eu tinha vergonha de ser assim. Na frente de todos eu sempre passei a imagem de uma boa menina, sempre sorridente mesmo que por dentro corresse um rio de lágrimas infinito. E outra, eu não queria deixar meu pai preocupado, ele já dava um duro danado pra ser pai e mãe e ainda trabalhar fora.
Eu sentia que tinha algo errado comigo, mas depois dessas crises, por incrivél que pareça, eu ficava bem, como se nada tivesse acontecido. Era como se tivessem tirado um fardo das minhas costas, me sentia leve e feliz.
Aos 13 anos, quando meu pai faleceu lembro-me de poucas crises. Talvez porque eu tenha ficado em estado de choque durante meses. Na minha cabeça, meu pai não tinha morrido, sempre afirmava pra mim mesma que ele tinha ido viajar e que a qualquer momento, ele chegaria. Mas depois que a minha ficha caiu as coisas ficaram bem piores...eu não conseguia chorar e sentia um vazio mais profundo do que eu já sentia desde criança. Fui morar um tempo com a minha mãe, mas não me adaptei. Então voltei a morar na casa da minha avó (meu pai, eu e meu irmão sempre moramos com minha avó paterna), e lá estava morando também a minha madrasta e a minha irmã por parte de pai.
Tudo corria bem até que, acho que 6 meses depois, a minha madrasta também morreu. Então eu, minha avó e meu tio ficamos a cargo de tomar conta da minha irmã, que na época era um bêbe de 2 anos.
Eu tinha um escape para toda a situação da minha casa... A escola, que eu adorava ir por causa dos meus amigos (mas ninguém sabia o que acontecia comigo) e os treinos de volêi. Ah, os treinos de vôlei! Isso sim me fazia feliz, muito feliz! As lembranças mais felizes que eu tenho são da escola e principalmente dos treinos! E foi nessa mesma época que eu comecei a fugir de casa. A Minha avó não me deixava sair de casa, independente do horário, de tarde, de manhã ou à noite, muito menos a noite. Eu só podia ir à escola e pros treinos. Se o treino terminava as 22:00, as 22:20 eu tinha que estar dentro de casa. 5 minutos de atraso resultavam em castigo de meses sem treinar e isso pra mim era igual à morte.
Mas eu fugia somente pra me divertir, pra ter uma vida saudável de adolescente, encontrar meus amigos... eu não bebia, não fumava e muito menos passava pela minha cabeça em usar drogas, afinal eu era uma atleta! Nos finais de semana eu esperava todo mundo dormir, saia de fininho e pulava o muro de casa sem me importar com as consequencias. Isso durou meses, até que um dia fui pega no flagrante pulando o muro, mas eu não voltei pra casa, fui para a casa de uma amiga, meu tio foi atrás e a mãe da minha amiga conversou com ele e disse que eu voltaria pra casa no dia seguinte. Já que eu estava ferrada mesmo, eu e minha amiga saímos e nos divertimos muito, e eu nem sabia que esse seria o último dia que eu ficaria com um “amigo colorido” que eu tinha, pois tempos depois ele morreu devido a um câncer.
Bem, depois de “descoberta”, minha vida virou um inferno. Minha avó me humilhava, me castigava psicologicamente e me tirou dos treinos de vôlei- e isso pra mim foi a morte. Cai numa tristeza profunda e foi assim que finalmente meu luto pelo meu pai apareceu. A falta que ele me fazia rasgava a minha alma lentamente, todos os dias. O único momento de felicidade que eu tinha era quando eu ia á escola, meus amigos eram o meu alicerce, mesmo por poucas horas. Mas nenhum deles sabiam do meu sofrimento, na frente deles eu era a Dani maluquinha que fazia piadas, cabulava aulas e dava muitas risadas... tempos bons, viu.
Só que em casa era um tormento... depois que meu pai morre, minha avó ficou uma pessoa mais rígida e menos carinhosa. Eu não aguentava mais! Voltei a ter algumas crises... e um dia isso não foi mais suficiente. Então foi aí que eu resolvi morrer, afinal eu já me sentia morta. Lembro-me que não tive medo, não tive dúvidas e até estava me sentido “leve”, pois na minha cabeça eu iria ficar com meu pai novamente e finalmente iria ser feliz.  Acredito também que fui egoísta... por todo o tempo pensei no meu irmão e nas minhas irmãs, mas a insanidade do momento me fazia pensar que eles ficariam melhor sem mim. A força psicologica que eu tinha pra cometer o ato era gigante, estava determinada à morrer, acabar com toda aquela dor e revolta que eu estava sentindo.
Primeiro tentei tomar algum produto de limpeza ao qual não me lembro o nome, mas não consegui tomá-lo já que no primeiro gole acabei queimando a boca e a garganta. Procurei por toda a dispensa algum remédio, veneno... só consegui achar soro para o nariz e tomei o frasco inteiro. Como sabia que isso não ia adiantar nada e não conseguia achar mais nada, a minha raiva e determinação só aumentaram. Tentei cortar o pulso, mas no primeiro corte leve desisti, não ia conseguir fazer isso. Foi então que vasculhando o quarto da minha avó, encontrei no guarda roupas duas caixas de um remédio que não me lembro o nome, mas a tarja preta na embalagem me deixou feliz!  Bingo, encontrei a minha solução! Não me lembro quantos comprimidos tomei, só lembro que as caixas ficaram vazias e pra ninguém saber, joguei as caixas fora de uma tal maneira que nunca iam ser achadas. Foi nesse momento que eu senti uma paz interior imensa... Inacreditavelmente imensa.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Índio vira traficante e sofre com as leis do homem branco


A guerra por causa de uma planta deve algo difícil de compreensão para o índio que teve sua terra tomada pelo homem branco. É fato que não havia consumo de maconha no Brasil antes da chegada de Cabral. Mas se houvesse, certamente ele não seria encarado como um problema pelos caciques que comandavam as tribos. Em território tupiniquim a cannabis sativa passou a ser tratada como um problema quando caciques brancos do século 20 inventaram que a erva destruía os valores morais, além de "poluir cultura nacional".

Mas no mundo moderno, onde as culturas se misturam e acabam perdendo os valores individuais, o índio que retirava da natureza tudo que precisava para sua sobrevivência passou a viver como o homem branco. Na última quarta-feira um indígena de 22 anos foi preso com 550 gramas de maconha em Coronel Sapucaia, em Mato Grosso do Sul. Otávio Martins Oviedo disse que estava levando a erva para a Aldeia Amambaí Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e permanece preso.

Independente da finalidade da maconha que transportava, a história de Otávio revela situação de abandono do índio brasileiro. Passados mais de 500 anos da ocupação portuguesa do seu território, o índio agora consome bebidas alcoólicas, utiliza armas de fogos e se envolve em atividades criminosas.

Seduzidos pelo dinheiro que agora é necessário para sua sobrevivência, muitos indígenas acabam seduzidos por quadrilhas que buscam na figura do índio uma estratégia para burlar a fiscalização policial. Nas tribos localizadas em regiões de fronteira o no caminho das rotas utilizadas no transporte de drogas, o tráfico surge como uma tentadora alternativa de trabalho.



Li o texto aqui:http://hempadao.com

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

JIM MORRISON: RITUAL E A FORÇA DO MITO

Jim Morrison: símbolo mítico e ritual. Sem dúvida, Jim Morrison foi um dos símbolos mais significativos dos anos sessenta e setenta, não só no domínio da música, do rock, mas é uma das figuras mais emblemáticas no desenvolvimento da revolução sexual. Podemos confirmar que a sua validade ainda hoje existe e se expressa de diferentes maneiras.

Jim Morrison figura entre os fãs ao redor do mundo, que interagem constantemente no mundo virtual da internet, trocando idéias, avaliações e percepções dos fundamentados idílicos ou como narrações que levam à contínua construção da lenda, do mito, do Rei Lagarto.

Além disso, em termos etnográficos, sob a premissa de que símbolo remete ao mito e, portanto, o rito (Melichar 1996:89), foram obtidos dados de campo no cemitério Père Lachaise para assinalar o aniversário da morte de Morrison, em 03 de julho de 2001, registrando aspectos tanto da parafernália cerimonial e associado com o ritual como motivações e interesses daqueles que foram ao túmulo do herói nessa ocasião.


A hipótese sobre as ações dos fãs de Jim estão no túmulo onde os seus restos mortais se encontram, eles são feitos rituais que são realizados em uma base cíclica, além de Lizard King sobre a construção de uma série de narrativas que se constituem como versões diferentes de um mito. Por mito se entende aquilo que se opera no discurso meta-histórico no qual sinais tornam-se portadores de significados simbólicos. Os eventos reais ou personagens como símbolo (Navarrete, 1999: 245). Em outras palavras, "O mito tem sua língua e aparece na forma narrativa com arguição, tem estilo. Muitas vezes, porém, a beleza tem um história cultural, e a distribuição cultural é contraditória da instituição cultural e como tal, tem funções e significações psicológicas social e religiosa. "(De Waal 1975:209 - 210). O sentido do mito como representação da unidade imaginária e identidade, as influências das práticas sociais dos fãs do Lizard King, fornecendo uma imagem e um sentimento da unidade, independentemente da idade, nacionalidade e posição ou status (cf. Shantz 2000), que reflete não só no engajar e interação diária, mas também através da sua participação em rituais, como ocorre anualmente em Père Lachaise, ou nos encontros de Saraus, livrarias, comunidades na internet, etc.

De acordo com o exposto, e como parte da hipótese acima referida, “qualquer evento, pessoa ou lugar pode ser investido com significado simbólico no discurso histórico e assim, adquirir o estatuto mítico"(Navarrete 1999:244), portanto, consideramos que os fãs e as fãs de Jim Morrison, foram construindo um mito em torno da figura do cantor, desde os tipos de narrativas posições que eles próprios, independente de terem plasmado em seus imaginários como fantasiosas ou reais, constroem uma história em que Morrison surge como herói, semideus ou um deus. Desde pelo menos que a palavra "herói" nos remete, Jim faz parte do "vocabulário da mitologia (e, portanto, mesmo da antropologia religiosa”, mas também de vocação moral ou política, ou... Teatro e muito mais, dentro da esfera ampla da literatura ..."(Augé, 1993:177). Isto é, o mito Lizard King oferece aos seus seguidores um mundo vivo, articulado e carregado de amplos signos e valores significativos.
Em cada mito fala-se de personagens com qualidades especiais, ou sobrenaturalmente, cujas ações comuns com o mundo cotidiano "não pode ser de um herói e, portanto, contribui para dar sentido ao cosmos como uma estrutura social, referindo-se aos valores arcanos dá sentido à ordem ou ao caos e que são decretados ritualmente (cf. Eliade, 1983).

Com base nesses parâmetros, propõem um mito baseado no canônico datado de uma série de manifestações de fãs, onde cada um, mesmo obedecendo a um sentido pessoal e diferente, cada qual encontra os denominadores comuns a seguir, o que faz mover energias internas, psíquicas, as quais dão sentidos e direção.

Primeiro, os atributos físicos do personagem, beleza andrógino - qualificado mesmo como apolíneo -, faz com que eles se sentissem atraídos para essas qualidades. Ele atraiu para essa combinação arquetípica, esses parâmetros estéticos e visuais, sob a batuta acústica, rítmica das composições líricas controversas para a época. Além disso, nas sua aparições em público, sua conduta foi proposta contra a ordem estabelecida e provocou o caos promovido tanto entre os que assistiram shows dos Doors, como entre os que mantinham a segurança local, ou seja, a policia. Morrison provocava as massas com as declarações contrarias a ordem estabelecida, mas muitas vezes incluía seus próprios seguidores. Por outro lado, várias declarações sobre o seu conceito de liberdade, Morrison encorajava as pessoas a quebrarem as grades da prisão que cada ser humano constrói, que as faz sentirem-se incapazes de enfrentar seus medos mais profundos, como medo da sexualidade e do erotismo, abrir a mente para novas experiências, a proximidade da morte, o finito, a vida.

Estes são os princípios que fizeram da vida de Morrison uma figura importante, um herói em plena efervescência ante um mundo que parecia largar a própria pele, enquanto o Rei Lagarto propunha a metamorfose das velhas formas engessadas, cristalizadas e, portanto, "guia" do labirinto. Após sua morte, as mensagens polissêmicas que Jim deixou continuam seu percurso histórico, sempre emitido, tanto por suas ações e significados, contribuições para a sua validade e confere atribuições extraordinárias, em alguns casos podem ser classificados como místicas.

A história da vida de Jim Morrison é inerentemente complexa em muitos aspectos, o que muitas vezes torna difícil de entender em detalhes, inclusive com referência à sua morte. Sua vida foi cheia de acontecimentos importantes para todos envolvidos nos levantes dos anos 60. E ainda dá sentido e relevância para fornecer pontos de referência de um discurso contra as normas estabelecidas, na busca da liberdade.

Jim, como um bode expiatório para os loucos anos da contracultura, desempenhou o papel de desintegrar a ordem social através da promoção da crise sacrificial a ocorrer; ou seja, é transformado em Morrison responsável pelo caos e, portanto, torna-se um Salvador. Por causa de sua morte, voltou à ordem, o bode expiatório é odiado e ao mesmo tempo, o objeto de veneração (cf.Melich 1996).

Ele, em sentido mítico, representa a sua morte(e dos fãs, se assim o seguem) mas que é devolvida no fim, tal como rege o evangelho. Não preservar a vida: “ perder a vida para ganhá-la. Assim o bode expiatório é odiado e ao mesmo tempo, o objeto de veneração (cf.Melichar 1996:155).

A morte dá lugar à imagem e é mantida viva no padrão das substituições, transformando e promovendo-a em efígie, junta-se ao panteão das religiões, o caráter, o modelo, que dá significado e que será atribuído e concebido como um herói, moldado em imagem, configura-se e é endeusado e se tornou símbolo (Augé2001:32).

Com a morte do homem-deus começa a construção mito, da lenda, perpetuado e modificado dinamicamente através do tempo, e cuja função é servir como uma referência para dar uma ordem ontológica e existencial, aderir à figura de culto através de caminhos que são expressos no ritual (Eliade 1983:149-150).

O mito constitui-se como uma sanção, a carta fundacional da ação ritual (Díaz Cruz 1998:246). O rito se caracteriza por ser um ato simbólico que consta de um espaço cênico, espaço constituído por um palco, uma estrutura temporal, atores envolvidos na ação simbólica, organização de eficácia simbólica (Melichar,1996:90), então, “o ritual é a quintessência do costume, hábitos, pois representa a destilação e condensação de muitos costumes seculares e regularidades naturais comuns a todos" (Turner 1980: 55).

No cemitério de Père Lachaise a tumba do rei lagarto constitui-se uma área, um local sagrado, que é praticamente desprovida de símbolos, que carece de elementos icônicos especiais, exceto a placa de bronze colocada em 1991, com uma inscrição em grego antigo*, cujo significado escapa aos fãs que se reúnem lá. Consequentemente, as manifestações de culto envolve a tentativa de "construir" mediante elementos de materiais, um espaço especial. Então, coloque-se a parafernália pesada utilizada no ritual, que é uma série de representações icônicas do uso de espaço que continuamente resacralizam os que chegam ao local e são participantes de uma religião secular que se expressa, ademais, por não ser formalizada, além de ser mais discursivamente em graffiti e que, dialeticamente, é formalizada pela ação reiterativa, repetitiva, estruturadas pelos fiéis a Morrison que, desta maneira, estabelecem uma conexão com o deus-homem, com seu espírito e com a sociedade. Essas atividades, aparentemente públicas, tem sentido e significado dependendo do contexto e das atividades previas ai desempenhadas e de seu significado preestabelecido, baseando-se em signos codificados e cujos significados são descodificados.

O ritual é simbólico, procura e ajuda a construir conexões com o ambiente além do mundo físico e consciente (Gazin-Schwartz 2001:268). O ritual acontece em um local concebido para esse fim, onde se situam os restos do personagem icônico; materiais especiais simbólicos são comumente usados para relacionar à vida e os hábitos de Jim, que os dota de sentido especial e sagrado, aqueles que se reúnem para celebrar o ritual e realizar movimentos estilizados ou regulares, incluindo a quase obrigatoriedade tirar fotos que perpetuam o momento da visita ao local e participação nos rituais, além de proferir palavras para recordar o Rei Lagarto, incluindo cantarolar suas canções ou “recitar" seus poemas. No entanto, uma parte coloca sobre o tumulo diversos escritos, nem sempre visíveis aos olhos de outros, como exclusivos mistérios ocultos. No ritual cria-se ou recria-se uma relação especial entre os seres vivos e o homem-deus, entre o mundo e o submundo, as relações que podem ser um reflexo do cotidiano ou o inverso.

As práticas rituais são formas para que os indivíduos organizem a ambigüidade na vida social e nas relações com o mundo natural; O ritual foi projetado para criar um senso de comunidade entre os participantes, é um mecanismo que fortalece laços de solidariedade e que contribui para a construção de elementos de identidade (cf. Turner, 1988). O ritual faz parte da série de comportamentos que compõem a cosmovisão de seus participantes (Gazin, Schwartz 2001:268). As mesmas práticas discursiva manifestada diariamente por meio de mensagens dos adeptos da internet a Morrison são, em grande medida, práticas de natureza ritual que reforçam as estruturas cotidianas normais e comuns entre os indivíduos que navegam na internet, dialogando sobre deus-homem em busca de uma comunhão dentro de um campo simbólico e espiritual; a comunicação virtual contribui, pararelamente, a construção e ao dinamismo do mito e suas muitas versões no âmbito do simbolismo do rito.

A atividade ritual visa estabilizar as relações entre homens e combina a constituição da alteridade e identidade. Esse tipo de prática atribui a cada indivíduo um lugar e identidade social como a alteridade dos elementos individuais e únicas que se referem a sua origem, e visa também à interpretação e ao domínio de acontecimentos como a morte. O ato ritual permite a constituição da alteridade e da consciência de simbolização, desde que haja um domínio de dois eixos e as duas línguas do rito, ou seja, o da identidade e da alteridade (Augé 1995:84-86).

As identidades são formadas com base em um elemento que se aglutina e que relativo a este se afirma através da alteridade que transcende a sepultura em torno do personagem. A celebração do rito anula as diferenças resultante em função do sexo, idade ou, por exemplo, os indivíduos que professam alguma religião. A comemoração acontece em cada aniversário da morte do Rei Lagarto; é organizada em torno dos diferentes alterações do estado funcional na encenação, que envolve a responsabilidade para a ordem e os espectadores, gerando uma identidade comum que unicamente se constitui fixa no tempo e espaço da cerimónia ritual no cemitério, bem como no ciberespaço da internet (Augé 1995: 88-89).

Profeta, herói, personagem sagrado, semi-deus, guia, deus, senhor, rebelde, mártir, Apolo, ser privilegiado com a sua inteligência e beleza física, dionisíaco, heterosexual, beberrão...


Artigo publicado na Revista da Faculdade de Filosofia e Letras da Universidad de La Rioja - Espanha

Copiei do blog (que é excelente!)  http://jimmorrisonpoeta.blogspot.com/

domingo, 26 de dezembro de 2010

Soul na vitrola: Mayer Hawthorne


Mayer Hawthorne? Já ouviu falar? Até pouco tempo, eu não sabia quem era esse rapaz com cara de "nerd"(rs), mas quando ouvi a música " Maybe so maybe no", me apaixonei imediatamente!

Mas, quem é esse moço mesmo? Bem, o Mayer é multi-instrumentista, cantor e produtor da nova geração do música Soul, além de ser engenheiro de som e arranjador.

Em seu primeiro álbum "A Strange Arrangement" (2009), Mayer fez quase todo o instrumental das músicas: bateria, baixo, guitarra, piano, sintetizadores, sopros, percussão e vários etcs. E sem contar que os clipes são maravilhosos e mostram sua outra paixão: o skate.


Vale a pena ouvir! Voz perfeita para o Soul! Graças aos Deuses a música ainda tem salvação!


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Jim Morrison- Leitura de Palco na UMESP


Este vídeo foi feito na semana de Arte e Literatura da Umesp.
Fonte: Comunidade "O Navio de Cristal" (Orkut)
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=56421236&tid=5480492683828656568

Como é um vídeo maravilhoso, rico em informações, achei interessante colocá-lo aqui no blog.
É só copiar e colar o link no navegador. Não será necessário baixá-lo!
The Lizard King Live! E sua poesia sempre continuará atual e presente.

Deliciem-se:

http://www.megavideo.com/?v=G39TU8UZ