terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Jim Morrison- Leitura de Palco na UMESP
Este vídeo foi feito na semana de Arte e Literatura da Umesp.
Fonte: Comunidade "O Navio de Cristal" (Orkut)
http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=56421236&tid=5480492683828656568
Como é um vídeo maravilhoso, rico em informações, achei interessante colocá-lo aqui no blog.
É só copiar e colar o link no navegador. Não será necessário baixá-lo!
The Lizard King Live! E sua poesia sempre continuará atual e presente.
Deliciem-se:
http://www.megavideo.com/?v=G39TU8UZ
quinta-feira, 5 de março de 2009
Continuando... Viajando com Baudelaire
O CONVITE À VIAGEM
( As Flores do Mal)
Minha doce irmã,
Pensa na manhã
Em que iremos, numa viagem,
Amar a valer,
Amar e morrer
No país que é a tua imagem!
Os sóis orvalhados
Desses céus nublados
Para mim guardam o encanto
Misterioso e cruel
Desse olhar infiel
Brilhando através do pranto.
Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e langor.
Os móveis polidos,
Pelos tempos idos,
Decorariam o ambiente;
As mais raras flores
Misturando odores
A um âmbar fluido e envolvente,
Tetos inauditos,
Cristais infinitos,
Toda uma pompa oriental,
Tudo aí à alma
Falaria em calma
Seu doce idioma natal.
Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e langor.
Vê sobre os canais
Dormir junto aos cais
Barcos de humor vagabundo;
É para atender
Teu menor prazer
Que eles vêm do fim do mundo.
— Os sangüíneos poentes
Banham as vertentes,
Os canis, toda a cidade,
E em seu ouro os tece;
O mundo adormece
Na tépida luz que o invade.
Lá, tudo é paz e rigor,
Luxo, beleza e langor.
Fonte: http://www.algumapoesia.com.br
quarta-feira, 4 de março de 2009
Me embriagando com...BAUDELAIRE
É preciso estar sempre embriagado. Aí está: Eis a única questão
Para não sentirem o fardo horrível do Tempo
que verga e inclina para a terra,
é preciso que se embriaguem sem descanso.
Com quê? Com vinho, poesia ou virtude,
a escolher.
Mas embriaguem-se.
E se, porventura, nos degraus de um palácio,
sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto,
a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar,
pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio,
a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são;
E o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se!
Para não serem os escravos martirizados do Tempo,
embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso".
Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.
(Charles Baudelaire-Pequenos Poemas em prosa.)
Teu ar, teu gesto, tua fonte
São belos qual bela paisagem;
O riso brinca em tua imagem
Qual vento fresco no horizonte.
A mágoa que te roça os passos
Sucumbe à tua mocidade
À tua flama, à claridade
Dos teus ombros e dos teus braços.
As fulgurantes, vivas cores
De tua vestes indeiscretas
Lançam no espírito dos poetas
A imagem de um balé de flores.
Tais vestes loucas são o emblema
De teu espírito travesso;
Ó louca por quem enlouqueço,
Te odeio e te amo, eis meu dilema!
Certa vez, num belo jardim,
Ao arrastar minha atonia,
Senti, como cruél ironia
O Sol erguer-se contra mim;
E humilhado pela beleza
Da primavera ébria de cor,
Ali castiguei numa flor
A insolência da Natureza.
Assim eu quisera uma noite,
Quando a hora da volúpia soa,
Às frondes de tua pessoa
Subir, tendo à mão um açoite,
Punir-te a carne embevecida,
Magoar o teu peito perdoado
E abrir em teu flanco assustado
Uma larga e funda ferida,
E, como êxtase supremo,
Por entre esses lábios frementes,
Mais deslumbrantes, mais ridentes,
Infundir-te, irmã, meu veneno!
(Charles Baudelaire -As Flores do Mal)
As minhas viagens e momentos ébrios com esse fantástico e um dos "poetas malditos" Baudelaire, continuará em um outro post com a maravilhosa obra: "O poema do Haxixe e do Vinho" e "As Flores do Mal"...
É só aguardar e se embriagar com poesia, vinho,virtude ou porque não, com os três juntos???
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
Mais Morrison!!!


Jim deixou-nos algumas canções e outros poemas. Viajou por terras onde nunca alguém havia penetrado e daí extraiu, por magia ou eloquência, o hedonismo da conquista. Violou o que de mais precioso nos pertence – O nosso lado mais secreto com as divindades. Por tal, não merece a redenção. Mas será que alguma vez a procurou? Esta noite não pretende ser uma homenagem a Jim Morrison. Nem tão pouco uma noite de evocação ou prantos. Uma reunião? Talvez… Um reencontro de energias onde o Xamã Álvaro Costa convoca Rui Pedro Silva e exorta os mitos e as lendas de um poeta – Era só isso que Jim queria. Ser um poeta como Kerouac ou Rimbaud. Nada mais… Indiferentes a sua mais ínfima vontade, fizemos de James Douglas Morrison a maior Rock Star de todos os tempos.No final da transmissão, conversa e uma revisita á música dos Doors, com o Dj Lizard Mojo… Noite dentro… Nas penetráveis portas da Casa das Artes.
Créditos: http://jimmorrisonpoeta.blogspot.com/
contra inocentes pastores que
A gozação permanentete reivindicou
domingo, 25 de janeiro de 2009
Florbela Espanca - Poesia a flôr da pele!

Em suas poesias descrevia sua inquietude e sofrimentos de uma vida tumultuada, aliados com doses de erotismo e feminilidade.
Florbela era filha de uma empregada e seu pai só reconheceu sua paternidade após seu falecimento. Casou- se 3 vezes e enfrentou forte preconceito devido as separações. Em 1919 publicou o Livro de Mágoas, ano em que sofrera de um aborto involuntário e começou a apresentar os primeiros sinais sérios de neurose. Seu primeiro casamento se desfez pouco tempo depois.
Casa-se pela segunda vez em 1921 e publica o Livro de Soror Saudade em 1923. Teve mais um aborto e separa-se pela segunda vez. Devido a esse fato, sua família afasta-se de Florbela, deixando-a muita abalada.Em 1925 casa-se pela terceira vez.
Em 1927 um fato marcou definitivamente Florbela: seu irmão querido falece em um trágico acidente. Escreve As Máscaras do Destino em sua homenagem. Com a perda do irmão, sua doença se agrava muito.
Em 1930, tenta o suicídio e sua neurose se agrava e descobre que também sofre de um edema pulmonar.
Em 2 de Dezembro de 1930, Florbela encerra seu Diário do Último Ano com a seguinte frase: "... e não haver gestos novos nem palavras novas." No dia do seu aniversário, em 08 de Dezembro Florbela D'Alma da Conceição Espanca suicida-se, ingerindo dois frascos de Veronal.
Os poemas de Florbela nos remete ao universo do amor, da arte de ser mulher, dos dissabores da solidão e das desilusões amorosas. Seus versos transbordam desejo, paixão, lirismo, erotismo e liberdade.
Aprecio seus poemas, pois seus versos traduzem muito do que eu sinto, do que eu penso, neles eu vejo as dores da minha alma concretizadas... É como se estivesse lendo sobre mim mesma!
Alma Perdida
(Livro de Mágoas)
Toda esta noite o rouxinol chorou,
Gemeu, rezou, gritou perdidamente!
Alma de rouxinol, alma da gente,
Tu és, talvez, alguém que se finou!
Tu és, talvez, um sonho que passou,
Que se fundiu na Dor, suavemente…
Talvez sejas a alma, a alma doente
D’alguém que quis amar e nunca amou!
Toda a noite choraste… e eu chorei
Talvez porque, ao ouvir-te, adivinhei
Que ninguém é mais triste do que nós!
Contaste tanta coisa à noite calma,
Que eu pensei que tu eras a minh’alma
Que chorasse perdida em tua voz!…
Desejos Vãos
(Livro de Mágoas)
Eu queria ser o Mar de altivo porte
Que ri e canta, a vastidão imensa!
Eu queria ser a Pedra que não pensa,
A pedra do caminho, rude e forte!
Eu queria ser o Sol, a luz intensa,
O bem do que é humilde e não tem sorte!
Eu queria ser a árvore tosca e densa
Que ri do mundo vão e até da morte!
Mas o Mar também chora de tristeza…
As árvores também, como quem reza,
Abrem, aos Céus, os braços, como um crente!
E o Sol altivo e forte, ao fim de um dia,
Tem lágrimas de sangue na agonia!
E as Pedras… essas… pisa-as toda a gente!…
O Meu Soneto
(A Mensageira das Violetas)
Em atitudes e em ritmos fleugmáticos,
Erguendo as mãos em gestos recolhidos,
Todos brocados fúlgidos, hieráticos,
Em ti andam bailando os meus sentidos…
E os meus olhos serenos, enigmáticos
Meninos que na estrada andam perdidos,
Dolorosos, tristíssimos, extáticos,
São letras de poemas nunca lidos…
As magnólias abertas dos meus dedos
São mistérios, são filtros, são enredos
Que pecados d´amor trazem de rastros…
E a minha boca, a rútila manhã,
Na Via Láctea, lírica, pagã,
A rir desfolha as pétalas dos astros!…
Anseios
(Trocando Olhares)
Meu doido coração aonde vais,
No teu imenso anseio de liberdade?
Toma cautela com a realidade;
Meu pobre coração olha cais!
Deixa-te estar quietinho! Não amais
A doce quietação da soledade?
Tuas lindas quimeras irreais
Não valem o prazer duma saudade!
Tu chamas ao meu seio, negra prisão!…
Ai, vê lá bem, ó doido coração,
Não te deslumbre o brilho do luar!
Não ´stendas tuas asas para o longe…
Deixa-te estar quietinho, triste monge,
Na paz da tua cela, a soluçar!…
Visões da Febre
(Trocando Olhares)
Doente. Sinto-me com febre e com delírio
Enche-se o quarto de fantasmas
Uma visão desenha-se ante mim
Debruça-se de leve…
É uma mulher de sonho e suavidade
E disse-me baixinho:
“Eu me chamo Saudade,
E venho para levar-te o coração doente!
Não sofrerás mais; serás fria como o gelo;
Neste mundo de infâmia o que é que importa sê-lo
Nunca tu chorarás por tudo mais que vejas!”
E abriu-me o meu seio; tirou-me o coração
Despedaçado já sem uma palpitação,
Beijou-me e disse “Adeus!” E eu: “Bendita sejas!…”
Fontes:
http://www.prahoje.com.br/florbela/index.php
http://www.astormentas.com/biografia.aspx?t=autor&id=Florbela+Espanca
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Lágrima Terra

Esse é o título do livro de poesias dos meus queridos amigos André e Daniel. O lançamento aconteceu ontem no Sarau da Cooperifa. Claro que vindo deles já sabia que o trabalho seria belo porém, ao começar minha leitura percebi que tinha em mãos algo belissímo, emocionante.
Para os dois, desejo tudo de muito bom e espero que este seja o primeiro de muitos livros à serem publicados.
Com certeza essas lágrimas irão me acalentar! (Referente a dedicatória que o Dani escreveu no meu livro).
PS. Adorei a capa, o papel (reciclado) enfim, todo o acabento do livro!!!
Lágrima Terra
André Luiz Pereira e Daniel Fagundes
"Lágrima na terra
evapora e ganha osares
umidece a brisa
purifica o vento
enche nuvem
vira tempestade
Lágrima da terra que chora
corta a pele torrada pela seca
Lágrima que pinga do céu
pinta um sorriso no mesmo rosto ressecado
Lágrimas de tristezas e alegrias
na folha em branco
Marca d'água em poesia
Lágrima Terra
Gota de orvalho pingando do mato
Encharcando
Virando lago
Criando riacho
Regando a semente dos sonhos
Enverdecendo arbustos
Enriquecendo o tronco
Fazendo lama
Traçando do solo
uma veia pulsante no ventre da terra
Lágrima no asfalto
Fluindo no meio-fio
Matando a sede do nosso ser
tão castigado
Lágrima, lava a terra que empoeira a alma
vem ungir, abençoar o chão
Lágrima sentimento, razão de terra
O açúcar e o fel
O inferno e o paraíso
A dor que tempera quando é preciso
O amor pra todo dia
Lágrima que empoça e cria
o caminho argiloso dos contatos futuros
Deixa Gaya esculpir na pisada
deste barro, ninguém erguerá novos muros."
Lágrima Terra
Daniel Fagundes e André Luiz Pereira
Edições Toró Janeiro de 2009
Site Edições Toró: http://www.edicoestoro.net/
quinta-feira, 1 de janeiro de 2009
Poesias de Jim Morrison

Talvez para Jim o "ser poeta" era ser o que foi escrito por Rimbaud: "...um poeta torna-se um sonhador através de um longo, ilimitado e sistemático desregramento de todos os sentidos. Todas as formas de amor, de sofrimento, de loucura; investiga-se a si próprio, consome dentro de si todos os venenos e preserva as suas quintessências. Um tormento indescritível, onde irá encontrar a maior fé, uma força sobrehumana, com que se torna, de entre todos os homens, o grande inválido, o grande maldito – e o Supremo Cientista! Pois alcança o desconhecido! E que interessa se for destruído no seu vôo extático por coisas inauditas e inomináveis... " Jim experimentou tudo isso, desregrou todos os sentidos, apostou todas as suas "fichas"... Ele sempre estava em busca do Desconhecido, da Liberdade Livre, aliás ele sempre fora muito preucupado com a sua liberdade e isso é escancarado nas suas letras nas músicas dos Doors e nas suas poesias.
"A verdadeira poesia não diz nada, apenas destaca as possibilidades. Abre todas as portas. As pessoas podem atravessar aquela que se lhes ajusta. ... e é por isso que sinto pela poesia este apelo tão forte – porque é eterna. Enquanto houver pessoas, elas podem lembrar-se de palavras ou combinações de palavras. Mas nada pode sobreviver ao holocausto a não ser a poesia e as canções. [...]. Se a minha poesia pretende atingir alguma coisa, é libertar as pessoas dos limites em que se encontram e que sentem".
A Celebração Do Lagarto
LEÕES NA RUA
Leões na rua & deambulando
Cães com o cio, enfurecidos, espumando
Uma besta encurralada no coração da cidade
O corpo da sua mãe
Apodrecendo no chão veronil
Ele abandonou a cidade
Foi para o Sul
E atravessou a fronteira
Deixou o caos & a desordem
Para trás
Por cima do ombro
Uma manhã ele acordou num hotel verde
Com uma estranha criatura gemendo ao seu lado.
Suada lamacenta da sua pele brilhante.
Estão todos?
Estão todos?
Estão todos?
A cerimónia está prestes a começar.
ACORDEM
ACORDEM!
Vocês não se lembram onde foi
Terá este sonho parado?
A serpente era ouro pálido acetinada & encolhida
Tínhamos medo de tocá-la.
Os lençóis eram quentes e mortas prisões.
E ela estava a meu lado, velha,
Ele é, não; jovem.
O seu escuro cabelo ruivo.
A suave pele branca.
Agora, corre para o espelho da casa-de-banho,
Olha!
Ela vem para cá.
Não consigo viver em cada lento século do seu movimento.
Deixo a minha bochecha escorregar
O ladrilho fresco e suave
Sente o bom e frio sangue borbulhante.
Os silvos suaves, serpentes de chuva...
UM PEQUENO JOGO
Antes eu tinha um pequeno jogo
Gostava de rastejar no meu cérebro
Penso que sabes qual o jogo que me refiro
Refiro-me a um jogo chamado Enlouquecer
Agora devias tentar este pequeno jogo
Apenas fecha os olhos e esquece o teu nome
esquece o mundo, esquece as pessoas
E nós ergueremos um campanário diferente.
Este pequeno jogo é divertido de fazer.
Apenas fecha os olhos, impossível perder
E eu estou aqui, eu vou também
Liberta controlo, estamos a atravessar
OS HABITANTES DA COLINA
Bem no fundo do cérebro
Passando bem o limiar da dor
Onde nunca há nenhuma chuva
E a chuva cai suavemente sobre a cidade
E sobre as cabeças de todos nós
E no labirinto de correntes por baixo
Sossegada e celeste presença de
Nervosos habitantes do monte nos suaves montes de volta
Répteis com fartura
Fósseis, cavernas, frescas elevações de ar
Cada casa repete um molde
Janela rolou
Um carro de besta trancado contra a manhã
Todos dormem agora
Cobertores silenciosos, espelhos livres
Pó cega debaixo das camas de casais legítimos
Enrolados em lençóis
E filhas, enevoada com sémen
Olhos nos seus mamilos
Esperem! Ouve um massacre aqui
Não pares para falar ou olhar em volta
As tuas luvas e o leque estão no chão
Vamos sair da cidade
Vamos de fuga
E tu és aquela que eu quero me vir!!
NÃO TOCAR NA TERRA
Não tocar na terra, não ver o sol
Nada mais a fazer a não ser fugir, fugir, fugir
Vamos fugir, vamos fugir
Casa no topo do monte, a lua jaz quieta
Sombras nas árvores testemunhando a brisa selvagens
Anda, querida, foge comigo
Vamos fugir
Foge comigo, foge comigo, foge comigo
Vamos fugir
A mansão é amena no topo do monte
Ricos são os quartos e os confortos lá
Vermelhos são os braços de luxuosas cadeiras
E não vais saber nada até entrares lá dentro
Corpo morto do Presidente no carro do condutor
O motor funciona a cola e alcatrão
Anda connosco, não vamos muito longe
Para Este conhecer o Czar
Foge comigo, foge comigo, foge comigo
Vamos fugir
Alguns foras-de-lei vivem junto ao lago
A filha do ministro está apaixonada pela serpente
Que vive num poço junto à estrada
Acorda, rapariga, Estamos quase em casa
Sol, sol, sol
Queima, queima, queima
Lua, lua, lua
Apanhar-te-ei em breve... em breve... em breve!
Eu sou o Rei Lagarto
Posso fazer qualquer coisa
OS NOMES DOS REINOS
Nós chegamos dos rios e auto-estradas
Nós chegamos de florestas e cascatas
Nós chegamos de Carson e Springfield
Nós chegamos de Phoenix encantada
E posso dizer-te os nomes dos Reinos
Posso dizer-te as coisas que sabes
Ouvindo por um punhado de silêncio
Trepando vales até à sombra
O PALÁCIO DO EXÍLIO
Durante sete anos habitei no livre Palácio do Exílio
Jogando estranhos jogos com as raparigas da ilha
Agora estou de volta à terra dos justos
E dos fortes e dos sábios
Irmãos e irmãs da pálida floresta
Crianças da noite
Quem de entre vós fugirá com a caça?
Agora a noite chega com a sua legião púrpura
Metam-se nas vossas tendas e nos vossos sonhos
Amanhã entramos na cidade do meu nascimentoQuero estar preparado.
"As pessoas precisam de Fios
Escritores, heróis, estrelas,
dirigentes
Para dar sentido à vida
O barco de areia de uma criança virado
para o sol.
Soldados de plástico na guerra suja
Navios de Guerra de Garagem.
Rituais, teatro, danças
Para reafirmar necessidades Tribais & memórias
um chamamento para o culto, unindo
acima de tudo, um estado anterior,
um desejo da família & a
magia certa da infância."
"No primeiro brilho do Éden nós corremos para o mar, ficando por lá, na praia da liberdade
Esperando pelo sol.
Você não percebe que agora que a primavera chegou,
é hora de viver ao sol difuso?
Esperando pelo sol
sperando que você venha até aqui
Esperando que você me diga o que deu errado
Essa é a vida mais estranha que eu já conheci"
(Waiting for The Sun)
"Sabem do febril progresso sob as estrelas?
Sabem que nós existimos?
Esqueceram porventura as chaves do Reino?
Já foram dados à luz e estão vivos?
Vamos reinventar os deuses e os mitos das idades;
Celebrar símbolos do mais fundo das antigas florestas (Esqueceram as lições da guerra pretérita)
[...]
Sabem que temos sido levados
à matança por almirantes plácidos
e que lentos generais gordos se tornam
obscenos com o sangue jovem"
(Fragmento de Uma Oração Americana)
Desperte
(Fragmentos de "Poemas das Leituras do Village" Desperte)
Sacuda sonhos de teu cabelo minha bela criança, minha doçura
escolha o dia & o signo de teu dia, a primeira coisa que vês.
Uma árvore queimada, como uma gigantesca
árvore primordial, uma folha, seca & amarga, crepitando histórias em suas cálidas ondas.
Os deuses da calçada serão o suficiente para ti.
A floresta da vizinhança,
O vazio museu perdido & a meseta & o prenhe monumento do Monte por cima da banca de revistas onde as crianças se escondem
Quando terminam as aulas.