quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Extinto ( De: Pajé )

Olhei para trás... Lembrei-me da vingança esquecida!
A chama que envolve minha alma afogando brasas em meu peito.
Sobrou um 'caco de vidro' entre o corpo e a alma.

São seres enjaulados e seus senhores da desgraça!

Nasci em terras de lendas, fuga na história
e em buscas pela 'felicidade egoísta'?
Entreguei todo ouro em troca de abraços!?
Alma clama paz... Quando o inimigo escreve nossas histórias!

Contente com descobrimento e a ilusão de uma presença evolutiva...
Sobraram pétalas caídas em sangue derramado que um dia existia.

Fico de olhos bem abertos com horror coagulado na mente!
Atacaram fogo na praça, chamaram-me demente.

E descontente com descobrimento...
Executado, caçado, roubado!
Fui só mais um dos mutilados!

Meu deus correu quando o diabo apareceu!
A noite se transformou em dia...
Cai no centro extinto da minha própria rotina!

Virei o amor de nada ser amado...

Minha alma hoje sangra e meu corpo não estanca...
Não tenho mais família e a natureza já não me ama.
Hoje não existo, onde antes todos, eram bem-vindos!

Meu erro foi à vaidade de uma grande ceia.
Uma pacífica recepção de seres aparentes...
E na verdade deveria ser um grito de guerra!

Hoje, histórias em papeis...
É escrita sem cores!
Será que teria muito vermelho nos olhos infantis?

No final seremos então todos extintos...
Pois só existe um, de cada um de nós!

De. Pajé

3 comentários:

  1. Pajézãooooo! Obrigado por me presentear com esse texto maravilhoso. Creio que todo mundo já sentiu na alma esses sentimentos!

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  2. Lindo mesmo! Meu amigo Pajé é demais!

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