quarta-feira, 14 de julho de 2010

Lutar consigo mesmo é dose, viu?

Há alguns anos eu era plena, segura e achava que tudo na vida iria dar certo com os devidos esforços e recompensas. Mesmo com diversos obstáculos sentia uma felicidade total, aquela felicidade de criança, sabe? Era atleta (que saudades do volêi), tinha amigos excepcionais (galera de Patrocínio Paulista, vcs foram demais!),tocava violão e até já fui vocalista de banda de Rock e de um pequeno projeto de MPB.
Me sentia uma fortaleza em relação a sentimentos e emoções. Estresse,fadiga, ansiedade e impaciência não faziam parte do meu perfil.
Porém, tudo isto foi sumindo...não me refiro as pessoas ou a banda, mas sim aos meus sentimentos.
Agora estou em luta comigo mesma, em particular com o meu rebelde cérebro. Não, eu não perdi a inteligência ou a sanidade, perdi o combustivél da alma: o prazer, a felicidade ou como o meu médico diz: "temos que reestabelecer os níveis de sua serotonina"...
Para Hipócrates isso se descreveria como "Melancolia", mas Galeno nos deu uma palavra mais descritiva, "Depressão", que no dicionário significa "baixa de terreno", "grande tristeza" e "crise econômica". No meu dicionário: "fundo do poço total", grande tristeza mesmo" e "a grande crise da alma".


Vicent Van Gogh pintou esse quadro em 1890: um homem demonstrando todo o seu sofrimento e falta de esperança, causadas pela depressão:




Está difícil de me reencontrar, mas não será impossível...de vez em quando eu ainda sinto prazer em sentir o vento refrescante no rosto...
Mas o importante é que pelo menos tenho um namorado que me dá muita força e o pouco de prazer e felicidade que ainda sinto são proporcionados por ele.
Pelo menos eu não estava errada quando sempre pensei que o amor cura tudo, ou ajuda a curar! Que o amor é muito mais importante do que dinheiro.
Graças aos Deuses nem tudo está perdido!

Não foi nada fácil escrever essas palavras,já que a maioria das pessoas pensam coisas absurdas sobre essa doença que nem vale a pena comentar. Mas como sempre, desde criança, nunca me importei com o que os outros acham de mim. Resolvi fazer essa relato porque...olha,eu nem sei o porque, vai saber? Não sei nem de mim mesma!

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